Desde que estou descomprometida tenho feito um esforço para conhecer pessoas novas. Não é segredo que estou longe de alinhar pela máxima segundo a qual não precisamos de ninguém senão nós próprios para sermos felizes e, se é verdade que não estou ativamente à procura, também o é que não estou a evitar. E a minha preferência, que a tantas pessoas pode parecer um sinal nefasto dos efeitos da sociedade tecnológica sobre as relações humanas, passa pelo - na falta de melhor termo - online dating. Não me refiro a websites orientados para conhecer pessoas, que nunca usei e, por isso, não tenho opinião sobre. Falo de estabelecer contacto com um conhecido ou semi-desconhecido - no mínimo, amigos de amigos de Facebook - e conhecer bem aquela pessoa, tanto quanto é possível numa interação não presencial. Sim, soa um bocadinho frio e calculado (ter utlizado o termo interação não presencial, como se estivesse a referir-me a uma entrevista de emprego, não ajudou), mas a verdade é que, na minha visão das coisas, isso não é um problema. No lugar de um sinal nefasto da sociedade tecnológica, eu vejo uma resistência à cultura da rapidez que inclui as relações tiradas à pressão, tudo muito físico, tudo pouco refletido. Tão-pouco acho que tira a espontâneadade da relação - haverá muito tempo para isso mais tarde, caso essa altura chegue.
Não há outra maneira de dizer isto: sou uma pessoa que se apaixona facilmente. Não por qualquer um (aliás, cerca de 90% dos rapazes que vou conhecendo têm interesse nulo aos meus olhos), mas basta alguém com a combinação certa de atributos para começar a sonhar com unicórnios e borboletas em menos de nada. Ora eu acho que um dos motivos pelos quais tanta gente sofre tanto por amor está em não tentar conhecer a outra pessoa à partida, antes de qualquer envolvimento. Sim, nunca se conhece ninguém totalmente, mas há (ou deveria haver) um mínimo, uma base, e é disso que estou a falar. Corrijam-me se estiver errada, mas por norma as pessoas conhecem-se, numa festa, na universidade, no trabalho, interessam-se pelo físico e pelo jeito uma da outra e a coisa desenvolve a partir daí, com muito pouca conversa numa fase inicial. Lá para o sétimo encontro um descobre que o outro continua secretamente apaixonado por um ex-namorado, ou que não dispensa uma linha de coca ao fim de semana, ou que todos os verões participa numa matança do porco e é ele próprio a manusear a faca. Como já há um vínculo emocional não nos desinteressamos imediatamente, e o resultado são semanas a ouvir Adele e enfardar petit gâteaux.
Nenhum destes três cenários terroríficos me aconteceu, mas poderia ter acontecido caso não tivesse cuidado. E, para mim, ter cuidado é conhecer a pessoa e dar-lhe a oportunidade de ela me conhecer: falar sobre as visões mútuas sobre relacionamentos, visões e objetivos de vida, gostos, etc. Cada um tem requisitos mínimos que espera de um parceiro, por isso a chave está em conversar sobre os assuntos que consideramos fundamentais. Para mim é importante que a outra pessoa esteja sensibilizada para o vegetarianismo, para outra pessoa certamente não terá peso algum, e é nessas questões essenciais para cada um que se testa a compatibilidade.
Não escolhemos apaixonarmo-nos, mas escolhemos colocarmo-nos, ou não, numa posição que permita desenvolver esse interesse. Neste sentido, conhecer alguém sem qualquer base sobre a qual avaliar esta pessoa é, para mim, descuidado. É claro que se não se apaixonam assim em três tempos, faz todo o sentido ir tomar uns cafés ou dar uns passeios com alguém que queiram conhecer melhor e fazer a tal avaliação pessoalmente. Mas se são como eu, essa é a receita para o desastre. Estatisticamente, é provável que o desastre acabe por chegar, e por isso não estou a dizer que é possível evitar que se magoem, até porque as pessoas mudam e o vosso amor para a vida de hoje pode ser o sociopata narcisista de amanhã (isto sim, já me aconteceu), mas irei sempre achar que, se nos podemos preservar, devemos fazê-lo. Sempre evitamos a Adele em repeat, que ao fim de algum tempo estamos surdas de tanto a ouvir gritar.
Concordo plenamente. Já me apelidaram de fria e calculista quando digo sim ou não a um encontro com este ou aquele tipo de pessoas porque há sinais que as coisas não vão correr bem: ideiais diferentes, comportamentos estranhos. Nós é que sofremos ou não , mas para isso temos de cuidar de nós independentemente do que os outros opinem sobre o nosso método de relacionamentos.
ResponderEliminarMuito bem!
ResponderEliminarTudo de bom para ti.
Beijo e um excelente dia.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Calculista? Sim, pareces, mas de uma forma positiva. Nestas coisas do coração, é muito bonito atirarmo-nos de cabeça mas meia volta batemos com a cara na parede, por isso quando se procura algo sério o melhor é mesmo ir com calma. Olha, e boa sorte! :)
ResponderEliminarJiji
Excelente texto e tantas coisas que dizes aqui que são verdade, devemos mesmo nos resguardar em algumas situações, nunca se sabe com o que podemos contar. E devemos tentar sempre conhecer a pessoa (nem que seja minimamente).
ResponderEliminarAcho-te ponderada é muito sincera para falar verdade. Tens consciência de como funcionas e de como isso te pode prejudicar. Porque convenhamos, a fase do início de uma relação pode ser traumático caso nos estejamos a relacionar com uma pessoa totalmente distinta de nós, como referiste.
ResponderEliminarEu nunca fui de me apaixonar facilmente, logo a parte das saídas é importante para mim para saber como as coisas fluem com a proximidade, se ele tinha um tique nervoso ou fazia barulho a comer, mas a parte da conversa é muito importante. E se é feita pessoalmente ou através de um dispositivo tanto faz, o importante é falar.
Ahah, fazer barulho a comer é muito mau!
EliminarA tua atitude em relação ao online dating até pode ser calculista, mas não me parece que isso seja mau! Se fossemos todos assim, provavelmente evitávamos muitos desgostos amorosos...
ResponderEliminarEu conheci o meu actual namorado numa saída à noite com amigos. Ele era amigo de um amigo meu. Na altura não trocámos números, por isso ele acabou por me adicionar no Facebook. Falámos muito e fomo-nos conhecendo através do Facebook, até nos voltarmos a encontrar pessoalmente, num evento organizado pelo nosso amigo em comum. Se o podia ter conhecido melhor pessoalmente em vez de o fazer online? Sim, talvez. Mas assim consegui perceber se fazia ou não sentido avançar para encontros pessoalmente, antes de criar expectativas desnecessárias...
Acho que nunca tinha pensado nesse lado, mas pode ser um bom ponto de partida, e acho óptima a ideia de se tentar conhecer a pessoa antes de qualquer interacção física. No entanto, há sempre o risco de estares a conhecer uma pessoa que não existe verdadeiramente, no sentido em que ela pode estar a mentir sobre tudo o que acha e pensa, e talvez isso seja mais fácil de detectar num encontro físico.
ResponderEliminarBoa sorte, vai com calma e sê feliz!:)
Another Lovely Blog!, http://letrad.blogspot.pt/
Tenho a ideia de que os homens, mesmos os inteligentes, regra geral não são muito perspicazes em certas coisas. Basta abordar o assunto que queremos de uma certa maneira que eles desbroncam-se todos.
EliminarMas sim, convém evitar idealizar a pessoa; não é um namoro online, é só uma primeira fase de conhecer alguém com quem até podemos não vir a ter nenhum relacionamento.
Eu namorei 11 anos, pensei que conhecia bem a pessoa e ao fim de 11 anos ela revelou-se...felizmente antes de me casar...hoje, ao fim de 15 anos de vida em comum) sou muito feliz com uma pessoa que conheci por acaso e com quem namorei praticamente um ano.
ResponderEliminarEssa é outra questão; mas também concordo que o tempo não é o mais relevante.
EliminarConcordo contigo, eu penso mesmo que é preciso manter um pouco de calculismo, pelo menos ao ínicio...se bem que, eu acho, nunca se conhece ninguém realmente.
ResponderEliminarBeijinhos e tudo de bom ;).
misscokette.blogspot.pt
Gostei muito de ler o que escreveste! Acho que tens muita razão!
ResponderEliminarUm grande beijinho,
http://secretsofablondie.blogspot.pt/
"Ora eu acho que um dos motivos pelos quais tanta gente sofre tanto por amor está em não tentar conhecer a outra pessoa à partida, antes de qualquer envolvimento."
ResponderEliminarConcordo, hoje em dia as pessoas querem tanto satisfação imediata, que nem se preocupam em conhecer a outra pessoa, e quando as coisas correm mal normalmente isso poderia ter sido evitado..
Nádia, gostei tanto deste post. Admiro pessoas que escrevem sobre coisas que à partida não são recebidas muito consensualmente (e, infelizmente, conheço demasiadas pessoas que te iam julgar por este post para o considerar um post consensual). Esse é um dos motivos que me faz vir regularmente aqui :)
ResponderEliminarOra essa! Como alguém disse mais acima, quem sofre somos nós, não são os outros. Felizmente este blog só é visitado por pessoas fofinhas, como tu :))
EliminarO segundo parágrafo podia ter sido escrito por mim. Dificilmente me interesso por alguém, a maioria dos rapazes 'passam-me ao lado' (há quem diga que sou esquisitinha, eu cá acho que tenho high standards e isso não é mau :p). Mas quando me interesso... Enfim, pareço uma miúda de 15 anos apaixonada pelo seu ídolo! O que me levou a uma das situações que descreves: Vir a descobrir que a pessoa em causa ainda tinha uma enorme paixão pela ex. E noutra situação mais dramática, vir a descobrir que se trata de um psicopata! Tive uma maré de azar, sem dúvida. O que me levou a tornar-me mais 'fria' (?) nas relações com outros.
ResponderEliminarAgora estou numa relação a que posso chamar estável e acho que tive sorte. No fundo há sempre uma pessoa que um dia conhecemos e que faz o 'click', no meu caso calhou de ser pessoalmente. Mas a tua táctica passava-me muitas vezes pela cabeça enquanto estive solteira, se é para usar as redes sociais, ao menos que seja pela nossa segurança e sanidade mental.
xx, Ana
The Insomniac Owl Blog
Que belo texto! Acho fundamental aceitarmos-nos tal e qual como somos e ao lermos este teu texto percebemos nitidamente que sabes quem és e aquilo que queres. Isso é muito positivo Nádia ) Parabéns pela sincera. Não só para connosco teus leitores mas sobretudo para cntg mesma, isso é sem dúvida, a base para que sejas sempre feliz.
ResponderEliminarUm beijinho *
Nunca pensei em fazer tal pesquisa para encontrar alguém, nesse âmbito não sou muito cuidadosa. Mas adorei ler o teu texto, principalmente as terríveis situações que colocaste (não te podias ter lembrado mesmo de pior) "...que não dispensa uma linha de coca ao fim de semana, ou que todos os verões participa numa matança do porco" - havendo possibilidade disto acontecer, uma pesquisa prévia talvez seja boa ideia. haha. Agora falando a sério, a verdade é que sou muito espontânea nessas coisas e a parte pessoal é para mim extremamente importante (a mais importante). Não estou a dizer que isto é melhor ou pior, é simplesmente como me acontece. Sou super controladora e até calculista com muitos aspectos da minha vida, mas com essa sou uma completa tola, naïve até.
ResponderEliminarAh, mas a parte pessoal também é importante para mim (a mais importante, até), só não é a primeira etapa.
EliminarSou um pouco como tu na questão de me apaixonar com facilidade e isso não é nada bom... quanto a ir conhecendo via fb ou outras redes sociais, se calhar é mesmo o melhor :D
ResponderEliminarJá conheci algumas pessoas online, pelo facebook, pelo blog e até por fóruns online que eu antigamente fazia parte. É esquisito, pelo menos para mim, as pessoas fazerem flirt pela internet. Não tem jeito nenhum e uma pessoa nunca é a 100% aquilo que é online, ou seja por escrito. Eu por exemplo, não dá para notar a minha instabilidade de personalidade, não, não e bipolaridade(!). Simplesmente num momento posso estar feliz como noutro irritado. O meu humor e a minha personalidade tendo em conta esse mesmo humor muda muito facilmente. Logo quem me conhece apenas pela internet nunca saberá isso. =P
ResponderEliminarBom, eu não falei de flirt, mas de conversas sobre assuntos relevantes para ambos. E em relação às características de personalidade, a outra pessoa só não sabe se tu não quiseres. Eu faço questão que saibam o máximo possível sobre mim, bom e mau, não sou nada apologista de deixar informações importantes para depois. Para além disso, sou muito envergonhada com pessoas que não conheço bem, pelo que seria impossível conversar sobre os assuntos necessários nos primeiros encontros.
EliminarEu sou muito fácil de me apaixonar, mas há 1 ano atrás o susto que apanhei-me ao deparar-me com um sociopata na sua pureza máxima, fez-me não só ficar fria e indiferente ao sexo oposto, como também reaprendi a relacionar-me com os outros no geral. Nesta altura do campeonato, onde o medo e o trauma se misturam, não tenho intenção de me apaixonar, mas levo para a vida de que antes de dar a conhecer as minhas fragilidades é preciso pensar duas vezes, não vá isso virar-se contra mim mais tarde, e eu cá não gosto de repetir histórias.
ResponderEliminarbeijinho
www.blogasbolinhasamarelas.blogspot.pt
Eu conheci o meu namorado graças a um amigo que tínhamos em comum, numa noite de queima, já bem longe da sobriedade (tanto eu, como ele). No dia a seguir não me lembrava sequer do nome dele, mas lembrava-me de ter passado horas a conversar com alguém que me fez rir. Voltámos a estar juntos, desta vez sóbrios, e descobrimos que nos dávamos realmente bem. Nunca se passou nada, durante 3 anos fomos só amigos. Nem sequer melhores amigos, não era com ele que eu desabafava de tudo. Mas tínhamos uma cumplicidade que era só nossa. E um dia aconteceu o que tinha que acontecer (= Tal como dizes, é importante conhecermos a pessoa com quem nos vamos envolver. Não sou a favor do conceito de "atirar-se de cabeça", normalmente, acaba com alguém a sair magoado. Mas acho que também não serve de muito dar muitas voltas à questão. O que tiver que acontecer, vai acabar por acontecer (;
ResponderEliminarÉ por este tipo de textos que eu gosto de te ler! Sempre me apaixonei com alguma facilidade, mas também facilmente era magoada e o meu mundo caía! À mais de 9Anos voltei a apaixonar-me com a mesma facilidade de sempre, mas não me atirei de cabeça talvez por isso ainda hoje dure! Levei tudo com mais cautela e a medo, mas hoje sou verdadeiramente feliz! Tudo a seu tempo.
ResponderEliminarBeijinhos,
Joana*
Que bom! És portanto a prova de que tenho um bocadinho de razão.
EliminarUm beijinho :)
Quem me conhece diz que eu sou praticamente a rainha da "frieza". O meu namorado passou mesmo um mau bocado para me tentar conquistar e apesar de já sermos amigos há bastante tempo antes de começarmos a namorar, eu tentei sempre não me atirar de cabeça e não me envolver demasiado. Demorei séculos até me aperceber que gostava dele a sério e tive sorte, digamos assim, porque ele nunca desistiu. Portanto, posso dizer por experiência própria que ser cautelosa é sempre bom e fazer as coisas com calma.
ResponderEliminarBeijinhos :)
Joelsy, do blog Giulietta
Admito que já utilizei aquelas apps de online dating (nada de tinder though); mas nunca cheguei a lado nenhum porque simplesmente não encontrei ninguém muito interessante!! Eu, ao contrário de ti, acredito que não precisamos necessariamente de alguém a quem estamos romanticamente ligados para sermos felizes. Pode melhorar essa felicidade porque a vamos partilhar com alguem que gostamos, mas nunca uma necessidade extrema. Mas também ao contrário de ti, não me apaixono facilmente. O que procuro num homem parece ser escasso e se nas primeiras conversas a coisa flui, pouco tempo depois a minha paciencia já foi... serei a eterna solteira! haha
ResponderEliminarbeijinho,
Marlene,
McTBeauty http://mctbeauty.blogspot.pt
Tenho uns quantos unicórnios e borboletas aqui guardados no bolso! :)
ResponderEliminarAcho que nunca vi ninguém falar com tanta clareza sobre este assunto. E, por isso, estás de parabéns! Já eu tenho uma dificuldade imensa em me apaixonar...talvez seja por não estar muito para aí virada neste momento...
ResponderEliminarÀs vezes estamos bem sozinhas. Eu quero muito gostar de alguém, mas estou a aproveitar cada minuto desta liberdade tão boa que é a ausência de preocupações e problemas idiotas que vêm inevitavelmente atrelados a qualquer relação.
EliminarConcordo em absoluto contigo. Sei que se estivesse descomprometida também teria vontade de voltar a estar numa relação e que até poderia arriscar no "online". O negativo disto é também não sabermos se o outro está realmente a dizer a verdade, ou se diz certas coisas apenas para "conquistar". Mas isso é como tudo, como disseste, pessoas que se conhecem pessoalmente, podem só começar a conhecer realmente a outra pessoa do sétimo encontro para a frente.. Também é preciso um pouco de sorte! :)
ResponderEliminarExato, "ao vivo" também podem estar a mentir...
EliminarA vida é longa e ainda vais experimentar coisas que hoje pensas não terem a ver contigo.
ResponderEliminarConhecer alguém online pode virar um vício por permitir uma sinceridade muito maior. Uma entrega sem tantas muralhas. Paradoxalmente, também é um veículo que atraí muita gente mentirosa e até perigosa.
Ah, gente mentirosa e perigosa topo a léguas. E topo-as muito bem numa conversa online. Também tenho uma clara noção do que quero, e não me parece que isso vá mudar. Sempre fui constante nas coisas fundamentais (até porque sou demasiado tímida para conhecer alguém pessoalmente no início).
EliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarTodos nós somos potenciais desastres aos olhos de alguém, o que uns acham adorável outros detestam e há ainda outros que acabam por admitir gostar de gente completamente maluca (um colega de trabalho admitiu precisamente isto enquanto ainda estava com a ex, ela era doida e era por isso mesmo que ele gostava dela).
EliminarPercebo a tua ideia de "apalpar" terreno antes de partir para um encontro cara a cara e ver se há faísca. Eu também prefiro tentar saber ao que vou muito embora goste de ser surpreendido pelas pessoas.
Não me apaixono facilmente nem gosto que isso aconteça mas apego-me facilmente às pessoas...